quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Opala V8 350 é um verdadeiro muscle car





Por mais que os fãs do Opala sejam apaixonados pelo seu seis-em-linha, lá no fundo existe aquele irresistível desejo de que o Chevrolet mais icônico do país tivesse a opção de um V8 debaixo do capô – como o seu primo australiano Holden Monaro GTS.

Pois é, meus amigos! O Jalop se foi, mas toda a equipe está de volta nesta belezinha que você está acessando neste momento — um site melhor, mais rápido e, se tudo correr bem, maior do que nunca. E, se eu estou de volta, os Achados Meio Perdidos também estão, e nada mais apropriado do que (re)abrir a seção de Achados com um Opala que certamente é perfeito para pisar fundo.

Digo isto pois acelerar um “seis canecos” original já é uma experiência e tanto, independentemente de suas preferências, mas existe uma razão para que o swap por um motor V8, em especial o Chevrolet small block de 350 pol³, seja tão popular. Ou seriam várias? Além do ganho potencial de torque e potência e do custo relativamente baixo (o V8 350 é o motor de oito cilindros mais popular nos EUA), o peso do bloco fica mais bem distribuído (afinal, um V8 tem quatro cilindros enfileirados em duas bancadas) e você ainda causa sérias confusões mentais em donos de Dodge e de Maverick – seus grandes rivais das pistas e das ruas.


O carro das fotos, um Opala 1975 na cor grená, é um belo exemplo disso. Além de (provavelmente) andar muito, o carro foi customizado, segundo o próprio dono, no estilo “muscle car old school” — uma personalização de época sem exageros, descolada e classuda ao mesmo tempo — note os faróis com lentes amarelas e as rodas pretas com calotas cromadas. Nada de Pro Touring, nada de perfumaria – somente a boa e velha bandidagem.





Por dentro, o carro apresenta grau considerável de originalidade,com exceção do conta-giros montado na coluna de direção e dos mostradores instalados em um console abaixo do rádio. Não é um carro impecável — uma olhada rápida pelas fotos já revela algumas marcas do uso —, mas não há nada que nos impeça de babar nele um pouquinho. Até porque, na real, o grande atrativo deste carro não se percebe com os olhos, mas com os ouvidos e com o pé direito.

Debaixo do capô está um Chevy V8 small block de 5,7 litros, acoplado a um câmbio manual Clark 260F de quatro marchas com diferencial Dana 44 – combo de transmissão clássico usado pelos opaleiros com motores preparados, pois este conjunto (que originalmente equipa os Dodge Dart/Charger e Maverick) segura melhor a porrada de torque. Nada revolucionário, mas não é preciso reinventar a roda para fazer um carro insanamente bacana. Segue a ficha técnica completa:


Opala 1975 Coupe Grená em Excelente estado de conservação estilo Muscle Car Old School

Motor V8 350

Pistões flat top medida 0,40 taxa de compressão 9,8:1

Cabeçotes camara pequena retificados com valvulas novas

Balanceamento dinamico e estático do conjunto Retisan

Virabrequim Zero GM com bronzinas STD GM

Buchas de Comando Clevite novas

Damper Armonico Procomp

Bomba d´água High Volume de Alumínio Procomp pescoço curto

Kit de Polias POLY-V em alumínio Billet by ARTBILLITS

Alternador de 90A Bosh

Bomba Elétrica Bosh

Comando Edelbrock 278×288

Embreagem de Ceramica 6pastilhas com plato de 1200lbs by FF EMBREAGENS

Coletores de Escape Dimensionados com saida de 2,5pol de AÇO INOX By ORIENTE ESCAPES ESPECIAIS

Canos de Escape em AÇO INOX 2,5pol feitos em Dobradeira de escapes

Abafadores FLow MASTER SERIES SUPER 10

Distribuidor HEI 3×1 (bobina, modulo e distribuidor) marca Procomp

Velas de Ignição NGK BP8f

Cabos de vela ACCEL 8.0mm

Coletor de Admissão Edelbrock Performer RPM

Carburador Quadrijet Holley 650 Cfm Double Pumper Street HP

Cambio Clark 260f com trambulador de engate rápido

Diferencial Dana 44 com tampa cromada relação 3,73:1

Kit de Freio a Disco do Opala 92 (dianteiro e traseiro)

Rodas Originais Dianteiras com Folhas aro 15×6 e pneus 215/65 R15 Cooper Cobra

Rodas Originais TRaseira com Folhas aro 15×8 e pneus 255/60 R15 Cooper Cobra

Amortecedores by Impacto Suspensões especiais

Buchas de Suspensão de PU by AJBUCHAS

Contagiros Monster com corte de giro, Relógio de Pressão de Comb e Óleo e Voltímetro Linha SS by Cronomac

Aparelho de som JVC KD-AVX77 El Kamaleon

Detalhe para a relação do diferencial Dana: 3,73:1. Quem entende do assunto já sabe o que isto significa, mas quem não entende pode confiar nas palavras do Juliano Barata que, enquanto conversávamos sobre o carro, disse que a relação encurtada no diferencial faz uma baita diferença no quesito diversão (na verdade ele falou algo sobre arrancadas em semáforos, mas não estamos incentivando nada!). Para se ter uma ideia, a relação original do Maverick V8, que usa o mesmo diferencial, é de 3,07:1.



E qual é o preço disso tudo? O dono pede por ele R$ 47.990. Antes que você saia por aí reclamando de novo do absurdo que estão os preços dos antigos no Brasil, vamos fazer umas contas: para importar um crate engine Chevy 350 de lojas gringas como a Summit Racing, você gastaria entre R$ 25 mil e R$ 30 mil. Um Opala em bom estado não custa menos de R$ 10 mil, e pode colocar mais R$ 10 mil na conta para cobrir os gastos com a dupla câmbio + diferencial (com miolo refeito), além de toda a mão de obra e o trabalho de encontrar uma oficina que faça um trabalho bem feito. Só nesta brincadeira a soma já ultrapassa, facilmente, os R$ 50 mil. Se você quer um Opala bacana e não acredita que o melhor de ter um carro preparado é fazer tudo sozinho, talvez este seja o carro perfeito para você.

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terça-feira, 9 de agosto de 2016

Clube do Opala ganha público e vira atração regional







Dois anos de atividade, 74 carros cadastrados por dezenas de sócios e muitos quilômetros rodados em encontros para criar amigos, ouvir música, ajudar campanhas assistenciais ou simplesmente aproveitar um dos modelos de maior sucesso do mercado automobilístico no país: bem-vindo ao clube do Opala de Marília.

Acompanhado por milhares de seguidores nas redes sociais, o clube conseguiu em pouco tempo marcar nome em eventos regionais e passou a ser atração extra em diferentes tipos de encontros.

Já esteve em exposição na Unimar, onde deve ganhar maior influência para novos eventos, em apresentações em cidades de diferentes pontos do centro-oeste paulista e acompanhou quatro eventos especiais do Chaplin Gastronomia e Entretenimento com apresentação da banda Get Back.

“Uniu a gastronomia, o som e os carros. Já tínhamos esse contato com o Fernando (Diniz, um dos proprietários do Chaplin) e conversamos em trazer os carros para o Chaplin para poder agregar a paixão com encontro de amigos, happy hour. Quando Guilherme Diniz (irmão de Fernando, outro dirigente da casa) veio, comprou um Opala, entrou pro clube e esta já é a quarta edição que estamos juntos”, conta Rodrigo Pacheco, um dos dirigentes do clube.

O clube promove duas reuniões por mês, geralmente uma sexta-feira à noite e uma tarde de sábado ou domingo. Já levaram os carros para incentivar campanhas para doação de alimentos e ações sociais. Mas o prazer é sempre rodar com o carro, especialmente em viagens.

“Já estivemos em encontros de carros antigos na região, em várias cidades. Gosto de viajar, estive em Barra Bonita, Araçatuba, Coroados. Quando tem pretendo ir, sempre vamos. Pegar carro e colocar na estrada”, conta Fabiano Pimentel, um apaixonado pelo modelo.

Ao longo de 23 anos e cinco meses de produção, o Opala passou por aprimoramentos mecânicos e modificações estéticas. O último foi produzido em 16 de abril de 1992, uma quinta-feira.

Ofereceu versões de motores com quatro ou seis cilindros, tanto para as versões básicas, quanto luxuosas ou esportivas e variações de modelo, como a Caravan, o Diplomata, o Comodoro, o SS e o De Luxe.

Alguns modelos ainda fazem muito sucesso, como o esportivo SS, o “saia e blusa” com variação de tons na pintura, o De Luxe dourado dos anos 70 ou o coupé com detalhe em vinil no teto.


Combinações de bancos inteiriços na frente, carros oficiais com “cortinas”, câmbio no volante, calotass coloridas e cores metálicas fortes foram outros símbolos do modelo, que nos anos 80 ganhou sobriedade e imponência com os diplomatas pretos.

Fabricado entre 1968 e 1992, o modelo foi carro de luxo, viatura policial, ambulância com a versão perua, carro de corridas com a stock car e sonho de consumo para diferentes gerações. A carroceria inspirada no alemão Opel Rekord, com estilo e potência do americano Impala, criaram o modelo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Pai e filho preservam Opala SS


O vermelho é de 1975 e o amarelo, de 1979



A paixão pelo Opala atravessou três gerações da família Gaudêncio. O patriarca Virgílio, já falecido, teve nove exemplares do Chevrolet. Para homenageá-lo, seu filho, Reinaldo, comprou um cupê SS 1975. Pouco tempo depois, o neto, Leonardo, seguiu o exemplo e arrematou outro SS, feito em 1979.



“De todos os Opalas do meu pai, o mais marcante foi um modelo L 1975, “Vermelho Marte”. Resolvi que o meu seria do mesmo ano e cor. Comecei a procura em 2009 e levei dois anos até achar este SS”, conta Reinaldo.


O modelo de Leonardo chegou à família alguns meses depois. Mas, como o estudante de engenharia tinha apenas 17 anos, precisou esperar para guiar o carro. “Eu queria justamente um SS 1979”, comemora o filho. “Essa cor “Amarelo Candeias” é rara no Opala, mas bastante atual, típica dos ‘muscle cars’ de hoje.”


Os cupês estão impecáveis. Bancos, tapetes e pintura foram restaurados seguindo os padrões da época. Colocando-os lado a lado, é possível ver a evolução do Chevrolet. No mais antigo, o miolo da ignição e a alavanca do freio de estacionamento estão próximos ao volante. No de 1979, a chave de partida foi para a coluna de direção e a haste, para o assoalho. Os grafismos que identificam a versão esportiva SS também mudaram.

A única exceção à originalidade foi o retrabalho feito no motor seis-cilindros do Opala de Reinaldo. “É uma ‘receitinha básica’ que se fazia na época, mais suave que as preparações que se veem hoje por aí. A potência subiu de 176 para 200 cv”, afirma o administrador.

Passeios. Pai e filho rodam com seus xodós apenas nos fins de semana. Às vezes, trocam de carro entre si.

O maior cuidado que têm é evitar molhar a lataria. “Em vez de lavar, só tiramos o pó. Em dias de chuva, ligamos os motores na garagem”, diz Leonardo.

Nas ruas, a dupla não passa despercebida. “O ‘cara’ vê o primeiro Opala e toma um susto quando o segundo aparece atrás”, diverte-se Reinaldo, que viveu um episódio inusitado em um posto de gasolina. “Um senhor pediu para ver o meu Opala, abriu o capô e chegou a chorar. Era um engenheiro aposentado da GM que trabalhou no projeto do carro.”


As propostas de compra são frequentes, mas os Gaudêncio não cedem. “É raro achar exemplares tão íntegros como estes. Queremos manter viva a história do Opala”, diz Reinaldo.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Opala Comodoro é paixão de jovem que ganhou o carro de amigos, em PE

Quinze pessoas do 'Clube do Opala de Caruaru' ratearam o preço do carro.Pedro Henrique era o único integrante do grupo que não tinha um modelo.

Pedro Henrique era o único integrante do grupo que não tinha um modelo.


Amigos se juntaram e deram Opala de presente a Pedro Henrique (no centro)

O motor é o 2.5. O carro fabricado em 1986 possui teto puxado para trás e perfil alongado. O Opala Comodoro Coupe - modelo esportivo - foi o presente dado por 15 amigos a Pedro Henrique Parente Figueira Callou, de 20 anos. O veículo custou R$ 1,9 mil e foi encontrado em Riacho das Almas, no Agreste de Pernambuco. O jovem - que integra o Clube do Opala de Caruaru - era o único do grupo que não possuía um modelo.


Pedro concilia o trabalho de vendedor com a paixão por Opalas - ele mantém um grupo com mais de 12 mil pessoas em uma rede social, onde tira dúvidas sobre peças, modelos e cores. Ele conheceu o Clube do Opala de Caruaru há dois anos. Desde então, virou amigo de dois aficionados por Opala: Wagner Silva, que comercializa peças de carros, e Filipe Albuquerque, enfermeiro.

O vendedor de peças estava em Riacho das Almas junto com Pedro quando os dois viram o que chamam de "maquinário". Sem dinheiro para comprá-lo, o jovem pediu à mãe, que negou. Com raiva, raspou as costeletas que usava desde a adolescência. Wagner, escondido de Pedro, contou que ligou para os outros colegas e juntos resolveram ratear o valor do automóvel. "Ficamos três dias arrumando o carro. Viramos a madrugada ajeitando tudo. E ele nem sonhava", disse Silva.

O enfermeiro Filipe Albuquerque disse que Pedro é "um grande apaixonado por Opala, mas que não tinha Opala". Ele contou que a entrega do carro foi digna de programa de televisão. Segundo Filipe, pelo menos 80 pessoas prestigiaram a cena. "Levamos o carro para a praça e dissemos que havíamos comprado para desmontar e vender as peças. Pedimos para ele dar a última volta. Ele sumiu, passou meia hora com o carro. Pensamos que ele tinha roubado o próprio carro. Depois, quando ele voltou, entregamos o documento do carro no nome dele", contou o enfermeiro.


Pedro Henrique batizou o carro com o nome de
Phebo Móvel

Pedro contou que - após saber que havia ganho o carro de presente - caiu no choro. "Não aguentei, chorei igual menino pequeno", disse o jovem. Ao voltar para casa, ele disse que não acreditava que havia ganho o veículo e passou mais de duas horas na garagem olhando para o Opala. "Quando acordei, peguei o lençol que eu tinha dormido e cobri o 'Phebo Móvel' [nome que deu ao carro]".


De pai para filho

Pedro Henrique disse que a paixão por Opalas surgiu aos 15 anos. Ele revelou que voltava do colégio e viu um modelo estacionado. "Quando vi o motor 4.1 pensei que era brincadeira de algum engraçadinho, que tinha trocado os número de lugar. Fui pesquisar e descobri que essa era a potência de um Opala". Desde então, ele afirmou que o interesse pelo modelo cresceu. Descobriu que o pai, morto em 2006, teve dois modelos: um Opala 73, quatro portas, edição de luxo, e um Comodoro ano 79.


Clube do Opala de Caruaru foi fundado em 2008

Clube do Opala Caruaru

O grupo foi fundado em 2008. Os participantes buscam integram não apenas "opaleiros", mas todos aqueles que buscam preservar o que classificam como "antigomobilismo". Os integrantes defendem as vantagens do clássico modelo lançado no Salão do Automóvel de São Paulo em 1968. Sobre os comentários de que não é um veículo econômico, todos defendem em um uníssino "não" e dizem que a afirmação não passa de senso comum. Para demonstrar o sentimento pelos veículos, cada carro recebe um nome.


Para Filipe Albuquerque - dono do Opala batizado de "Amy Winehouse" - é precido ponderar que a manutenção é cara, mas os custos com a parte mecânica não. "Tenho certeza que um mecânico nunca pegou em um motor de Opala quebrado. O Opala é professor de mecânico", defende o enfermeiro. Ele conta que chorou quando o pai fez menção de vender o Opala que usavam na família. "Eu não tenho interesse de ter outro tipo de carro. Uso esse na minha vida e não abro mão", afirmou.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

quarta-feira, 27 de julho de 2016

O significado da sigla “SS”






Muito se fala sobre o verdadeiro significado da sigla “SS” da versão esportiva do Opala. Separated Seats, Super Sport, Super Star, vocês já devem ter ouvido muitas variações por ai não? Sem a menor pretensão de encerrar essa polêmica, acreditamos mais lógico que “SS”, usada pela primeira vez em 1961 no Impala, a sigla significa Super Sport, não faz o menor sentido aplicar outro significado para a sigla em questão. Em 1971, quando a GMB usou pela primeira vez a sigla, no Opala, o termo “Separated Seats”, Bancos Separados em português, foi usado como marketing, ja que era o único modelo da linha a vir com assentos individuais;.
Porém em poucos anos, outras versões disponibilizavam dos bancos separados, fazendo com que a especulação “Separated Seats” chegasse ao fim. Em 1972 com a chegada da versão Coupê SS em uma propaganda de revista, a GMB novamente deixa o brasileiro na incerteza, com um enorme Super Star, ou Super Estrela em Português. Para nós, um simples jogo de palavras para promover o modelo, que simplesmente queria dizer que o novo Opala SS6 era uma “Super Estrela”.

Em reportagem da Auto Esporte, na época do lançamento da versão SS (edição de Janeiro de 1971): “dá para ter certeza de que nem o pessoal da GM sabia o que a sigla SS significava.” Bem. Vamos eliminar o “Separated Seats” com mais um argumento: o par de bancos dianteiros individuais é descrito em inglês pelo termo “bucket seats” (em contraposição ao banco inteiriço – “bench seat”), nunca “separated seats” – este é o famoso falso cognato. Seria como chamar direção hidráulica de “hydraulic direction” (o certo é power steering). O mais óbvio seria o SS significar Super Sport, seguindo o nome criado pela matriz. Mas a General Motors do Brasil importou o termo sem adotar o seu significado oficialmente no lançamento do Opala esportivo.


ESCAPE INSANO É NOVIDADE PARA OPALA SEIS CILINDROS



Conhecida na produção de escapes de alto desempenho, a argentina SilenPro, em sociedade com a Conforma Inox, apresenta versões exclusivas (e inéditas) para o mercado brasileiro. Uma delas é esse coletor para Chevrolet Opala seis cilindros, feito inteiramente em aço inox 304, com canos de 44 milímetros.


Sua tubulação é ultrafina, específica para elevar a performance do escape. Vale destacar que as SilenPro/Conforma Inox abastecem mercados como EUA e Austrália, fornecendo com exclusividade componentes para as principais categorias de corrida na Argentina, como TC2000, Super TC2000 (V8), Renault Plus, entre outras



domingo, 17 de julho de 2016

Caravan SS




A Chevrolet Caravan SS inaugurou no Brasil, em 1978, a opção – e única – de perua com apelo esportivo. O espaço interno sempre encabeçou a lista de justificativas para se ter uma perua. Itens de luxo e conforto podiam fazer parte dos dotes, mas ter algum apelo esportivo, na época, era outra história.

No Brasil, antes que o visual lameiro rejuvenescer peruas de hoje, como Palio Weekend Adventure e Parati Crossover, o apelo esportivo meramente estético já marcava a proposta da Chevrolet Caravan SS, em 1978.

Ainda que a Chevrolet Caravan SS não diferisse tecnicamente do restante da linha Caravan, a versão SS era a terceira carroceria da linha Opala, sendo a versão cupê e sedan, a receber o acabamento digno do SS popularizado pelo GM Impala nos anos 60.

A Chevrolet Caravan SS vinha com duas opções de motores: o motor 250-S de seis cilindros (“o famoso seis canecos”), com carburador de corpo duplo e 171 cv, fazendo com que a Chevrolet Caravan SS tivesse coerência com o visual de muscle-car dos SS. Outro motor era o 151-S de quatro cilindros e 98 cv, reforçando a impressão de que o vigor SS estava mais na aparência que no conteúdo. O mote publicitário era “leve tudo na esportiva”.





Em 1978 a Chevrolet Caravan SS fez um teste em conjunto com o Opala cupê de luxo com o motor 151-S. Assim como no Chevrolet Opala cupê SS, a Caravan SS vinha com faixas pretas no capô nas laterais, retrovisores externos aerodinâmicos, faróis de milha, volante esportivo espumado de três raios e bancos de vinil. As colunas laterais traseiras também eram pintadas de negro.

No teste comparativo em março de 1976, o Chevrolet Opala Cupê SS 250-S fez o Dodge Charger R/T e o Ford Maverick GT comerem poeira, com velocidade máxima de 189,48 km/h, marca que o transformou no carro nacional mais veloz do Brasil. Já a Chevrolet Caravan SS fcou aquém do esperado.

A velocidade máxima da Chevrolet Caravan SS foi aquém do esperdo. Fez apenas 162,89 km/h de máxima, 0 a 100 km/h em 12,92 segundos e retomada de 40 a 120 km/h em 27,20 segundos. Nas provas de frenagem a Chevrolet Caravan SS percorria um espaço muito grande tendo dificuldade de manter a trajetória nas frenagens. Faltava um manômetro de óleo. Em contrapartida, a Chevrolet Caravan SS tem baixo nível de ruído, a posição do volante é boa e o câmbio, com escalonamento de marchas e os engates curtos, precisos e secos.



A Chevrolet Caravan SS recebeu as alterações da linha Opala em 1980, quando a frente foi rebaixada e ganhou faróis retangulares. Rodas e retrovisores tiveram desenho novo também e os para-choques eram da cor do carro. Foi o ano derradeiro de todos os SS da linha Opala, que tinha seu luxo enfatizado pela versão Diplomata.

A Chevrolet Cavaran SS teve sua passagem rápida no mercado brasileiro. Ao volante de uma Chevrolet Caravan SS de quatro cilindros, com o carro lotado 


Além da faixa lateral, a Caravan SS trazia retrovisores aerodinâmicos





sábado, 25 de junho de 2016

Historia de Opala


     Nos anos 60 havia poucas opções de esportivos no Brasil. Os importados eram caros e exclusivos. Modelos como o Mustang, Camaro e Mercury Cougar custavam milhões e despertavam desejo nas ruas.

     No final da década, a Chrysler lançou o Dodge Dart. Não era um bólido, mas seu motor com oito cilindros em V passou a acalentar sonhos. Em 1970 a história ganharia novos rumos e o público teve a oportunidade de conhecer o primeiro esportivo de alto desempenho do Brasil. De acordo com nossos padrões, é claro.

     O exemplar das fotos é raríssimo. A GM lançou a versão com quatro portas e deixou o público boquiaberto em junho de 1970. Faixas laterais e sobre o capô chamavam a atenção de longe e a sigla SS se destacava na grade dianteira. As rodas com desenho exclusivo também se tornaram uma das marcas registradas do modelo.
Por dentro, o ambiente não deixava dúvidas sobre a vocação esportiva. Volante de três raios e conta-giros convidavam o motorista a pisar fundo. Uma história curiosa diz respeito ao significado do logotipo. Na verdade, se refere aos assentos separados (separated seats), apesar de muita gente evocar a tradição norte-americana de super sport. Mas podemos dizer que esta última também faria todo o sentido.

     A própria Chevrolet, no folheto de propaganda da primeira versão, apelava para os primos ianques, citando Camaro e Chevelle. Câmbio de quatro marchas no assoalho, freios a disco nas rodas dianteiras e aceleração de 0 a 100 km/h em 12,6 segundos eram destacados. Como opcionais, apenas rádio, desembaçador e ar-condicionado.
     Além da cara de poucos amigos, outra novidade estava debaixo do capô: o motor de seis cilindros em linha recebeu um aumento de cilindrada, passando de 3,8 litros para 4,1, tornando-se um ícone entre os apaixonados por Opala e recebe até hoje diversas receitas de preparação. A potência chegava a 140 cavalos brutos a 4.000 rpm. A velocidade máxima quase encostava nos 170 km/h.

     Logo após o lançamento, o esportivo foi testado por Emerson Fittipaldi e Colin Chapman. Ambos registraram suas impressões para uma reportagem no autódromo de Interlagos. O inglês elogiou o carro e declarou que compraria um se morasse no Brasil. Emerson gostou, mas disse que quatro portas não combinavam com esportividade.

     Vale destacar que a Envemo, que fez versões exclusivas também nos anos 80, criou uma versão especial do carro. O Opala/E trazia diferenciais no acabamento, aparência e no motor. Ele era equipado com spoilers, faróis auxiliares e rodas esportivas de tala larga com aros cromados.
O folheto dizia em letras garrafais: “um carro diferente para quem quer ser diferente”. Bem bolado. A revista Autoeporte testou um destes exemplares na edição de fevereiro de 1970. O catálogo trazia dezenas de opcionais, tais como console, rodas, diferencial autoblocante, amortecedores, volantes, emblemas, frisos e manômetros diversos. Personalização de bom gosto.

     Voltando ao modelo “envenenado” de fábrica, as revistas especializadas ajudaram a criar a fama e dividir o público. Os comparativos entre SS, Maverick GT e Dodge Charger R/T geravam – e ainda geram – uma discussão sadia a respeito dos números. Isso sim é paixão.
     A novidade da carroceria cupê chegou em 1972, com todo o charme do fastback. Novamente a publicidade agressiva se fez presente. O modelo aparecia saltando e com o motorista vestindo luvas antes de dirigi-lo. Bons tempos, onde a criatividade em destacar a performance do veículo não era confundida com o estímulo do desrespeito às regras de trânsito, como ocorre hoje em dia.
rês anos se passaram e o Opala foi reestilizado com bastante sucesso. Em 1976 o motor 250-S chegou para enfatizar o desempenho e conquistar ainda mais fãs. A potência saltou para 171 cv brutos e o modelo se tornou o mais rápido do Brasil. Nesse período foi lançado o SS-4, como opção de economia e com esportividade apenas na aparência.


     Com a chegada da nova década e concorrentes mais leves e rápidos, a versão esportiva disse adeus, no final de 1980. Os exemplares desse ano se tornaram raros e agora já podem solicitar a desejada placa preta. Mais do que uma sigla, o SS despertou desejo, paixão e incomodou a concorrência. Três fatores que o transformaram em um verdadeiro mito.









quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Caravan

Caravan chegava ao mercado em 1975. Um projeto iniciado em 1971, apresentado em uma única versão 4 cilindros, a perua Caravan, podia receber opcionais como motor 6 cilindros, transmissão automática, câmbio três ou quatro marchas, direção hidráulica ou outros, à escolha do comprador. Lançou-se simultaneamente, nas versões cupê e quatro portas, o Chevrolet Comodoro que substituiria o Gran Luxo. Intitulado como o carro de maior status da linha, normalmente vinha equipado com motor 6 cilindros de 4.100cc, 184 cv de potência e 4000rpm, carburador de duplo corpo, transmissão manual de quatro marchas (ou automática) e direção hidráulica.
A GMB lançou um carro especial: O cupê 250S, um carro com maior desempenho que satisfez os compradores de modelos esportivos. Sua maior diferença era a preparação efetuada no motor de 6 cilindros, que tinha a relação de compressão aumentada para 8,0:1, comando de válvulas trabalhado e carburação dupla. A potência passou a ser de 153 cv, superior a antiga, desse modo o Opala 250S obtinha a aceleração de 0 a 100Km/h em apenas 10s.
Surgi o Opala em versão básica em duas ou quatro portas de motor 4 cilindros, substituindo os modelos Especial e De Luxo que saia do mercado. O modelo básico estava preparado para aceitar transformações com diferentes opcionais: motor de seis cilindros ou 250S; câmbio de três ou quatro marchas, manual ou automático; e direção hidráulica entre outras modificações. Assim a partir de um modelo básico era possível obter qualquer modelo da linha, desde o antigo Especial até o modelo Comodoro.
Em 1975 os veículos foram equipados ainda com freio a disco nas rodas dianteiras, duplo circuito hidráulico, câmbio de três velocidades na coluna da direção e barra estabilizadora traseira. A mecânica era encontrada em quatro versões: Motor 151básico (4 cilindros, 2474 cc e 90cv); Motor 151 S (4 cilindros, 2474 cc e 98 cv); 250 (6 cilindros, 4098 cc e 148 cv) e 250 S (6 cilindros, 4098 cc e 153 cv).
Manteve-se a produção da linha esportiva mais simples - SS 4 cilindros com motor 151S e SS 6 cilindros com mecânica opcional do 250S, lançado em 1976 para se eternizar na mente dos apaixonados.
Em 1978, apesar de poucas mudanças na linha, a Caravan também ganhou sua versão SS.
Em 1980 é lançado o Diplomata, top de linha, que contava entre outros com direção servo-assistida e condicionador de ar, como item de série. O Diplomata conquista preferência executiva para aqueles que procuravam total conforto sobre rodas.
No ano de 1981, a linha sofre modificações interiores - volante inovado e painel mais atual. Em seguida lança-se a série Silver Star. No ano de 1983 o câmbio de 5 marchas entra no mercado.
As modificações ganham maior impacto deixando o Diplomata com aspecto mais agressivo - 1985. A estética externa do Diplomata ganha largas molduras laterais e faróis auxiliares de longo alcance. Internamente, instrumentos com novo designer e a evolução elétrica para controles dos vidros e retrovisores.
A nova frente, com faróis trapezoidais e lanternas traseiras por toda a largura do veículo é introduzido nos modelos fabricados em 1988, por dentro o volante de três raios escamoteável em sete posições e opcionais inéditos com alarme sonoro para lanternas e faróis quando ligados, controle temporizado dos faróis e luz interna, vidros elétricos com temporizador e ar condicionado com extensão para o banco traseiro (Para o Diplomata SE estes itens eram de série).
O potente motor 250S a gasolina, somente era oferecido sob encomenda e foi substituído por um modelo alemão, câmbio automático de quatro marchas e bloqueio do conversor de torque. A fabricação do fenômeno da industria automobilística é encerrada. O último Opala é fabricado, no dia 16 de abril de 1992, saindo de linha a mais poderosa produção de conforto, durabilidade e potência, motivo evidente que deixa até hoje milhares de admiradores, que mesmo após 13 anos o consideram "O Imbatível".