quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Opala V8 350 é um verdadeiro muscle car





Por mais que os fãs do Opala sejam apaixonados pelo seu seis-em-linha, lá no fundo existe aquele irresistível desejo de que o Chevrolet mais icônico do país tivesse a opção de um V8 debaixo do capô – como o seu primo australiano Holden Monaro GTS.

Pois é, meus amigos! O Jalop se foi, mas toda a equipe está de volta nesta belezinha que você está acessando neste momento — um site melhor, mais rápido e, se tudo correr bem, maior do que nunca. E, se eu estou de volta, os Achados Meio Perdidos também estão, e nada mais apropriado do que (re)abrir a seção de Achados com um Opala que certamente é perfeito para pisar fundo.

Digo isto pois acelerar um “seis canecos” original já é uma experiência e tanto, independentemente de suas preferências, mas existe uma razão para que o swap por um motor V8, em especial o Chevrolet small block de 350 pol³, seja tão popular. Ou seriam várias? Além do ganho potencial de torque e potência e do custo relativamente baixo (o V8 350 é o motor de oito cilindros mais popular nos EUA), o peso do bloco fica mais bem distribuído (afinal, um V8 tem quatro cilindros enfileirados em duas bancadas) e você ainda causa sérias confusões mentais em donos de Dodge e de Maverick – seus grandes rivais das pistas e das ruas.


O carro das fotos, um Opala 1975 na cor grená, é um belo exemplo disso. Além de (provavelmente) andar muito, o carro foi customizado, segundo o próprio dono, no estilo “muscle car old school” — uma personalização de época sem exageros, descolada e classuda ao mesmo tempo — note os faróis com lentes amarelas e as rodas pretas com calotas cromadas. Nada de Pro Touring, nada de perfumaria – somente a boa e velha bandidagem.





Por dentro, o carro apresenta grau considerável de originalidade,com exceção do conta-giros montado na coluna de direção e dos mostradores instalados em um console abaixo do rádio. Não é um carro impecável — uma olhada rápida pelas fotos já revela algumas marcas do uso —, mas não há nada que nos impeça de babar nele um pouquinho. Até porque, na real, o grande atrativo deste carro não se percebe com os olhos, mas com os ouvidos e com o pé direito.

Debaixo do capô está um Chevy V8 small block de 5,7 litros, acoplado a um câmbio manual Clark 260F de quatro marchas com diferencial Dana 44 – combo de transmissão clássico usado pelos opaleiros com motores preparados, pois este conjunto (que originalmente equipa os Dodge Dart/Charger e Maverick) segura melhor a porrada de torque. Nada revolucionário, mas não é preciso reinventar a roda para fazer um carro insanamente bacana. Segue a ficha técnica completa:


Opala 1975 Coupe Grená em Excelente estado de conservação estilo Muscle Car Old School

Motor V8 350

Pistões flat top medida 0,40 taxa de compressão 9,8:1

Cabeçotes camara pequena retificados com valvulas novas

Balanceamento dinamico e estático do conjunto Retisan

Virabrequim Zero GM com bronzinas STD GM

Buchas de Comando Clevite novas

Damper Armonico Procomp

Bomba d´água High Volume de Alumínio Procomp pescoço curto

Kit de Polias POLY-V em alumínio Billet by ARTBILLITS

Alternador de 90A Bosh

Bomba Elétrica Bosh

Comando Edelbrock 278×288

Embreagem de Ceramica 6pastilhas com plato de 1200lbs by FF EMBREAGENS

Coletores de Escape Dimensionados com saida de 2,5pol de AÇO INOX By ORIENTE ESCAPES ESPECIAIS

Canos de Escape em AÇO INOX 2,5pol feitos em Dobradeira de escapes

Abafadores FLow MASTER SERIES SUPER 10

Distribuidor HEI 3×1 (bobina, modulo e distribuidor) marca Procomp

Velas de Ignição NGK BP8f

Cabos de vela ACCEL 8.0mm

Coletor de Admissão Edelbrock Performer RPM

Carburador Quadrijet Holley 650 Cfm Double Pumper Street HP

Cambio Clark 260f com trambulador de engate rápido

Diferencial Dana 44 com tampa cromada relação 3,73:1

Kit de Freio a Disco do Opala 92 (dianteiro e traseiro)

Rodas Originais Dianteiras com Folhas aro 15×6 e pneus 215/65 R15 Cooper Cobra

Rodas Originais TRaseira com Folhas aro 15×8 e pneus 255/60 R15 Cooper Cobra

Amortecedores by Impacto Suspensões especiais

Buchas de Suspensão de PU by AJBUCHAS

Contagiros Monster com corte de giro, Relógio de Pressão de Comb e Óleo e Voltímetro Linha SS by Cronomac

Aparelho de som JVC KD-AVX77 El Kamaleon

Detalhe para a relação do diferencial Dana: 3,73:1. Quem entende do assunto já sabe o que isto significa, mas quem não entende pode confiar nas palavras do Juliano Barata que, enquanto conversávamos sobre o carro, disse que a relação encurtada no diferencial faz uma baita diferença no quesito diversão (na verdade ele falou algo sobre arrancadas em semáforos, mas não estamos incentivando nada!). Para se ter uma ideia, a relação original do Maverick V8, que usa o mesmo diferencial, é de 3,07:1.



E qual é o preço disso tudo? O dono pede por ele R$ 47.990. Antes que você saia por aí reclamando de novo do absurdo que estão os preços dos antigos no Brasil, vamos fazer umas contas: para importar um crate engine Chevy 350 de lojas gringas como a Summit Racing, você gastaria entre R$ 25 mil e R$ 30 mil. Um Opala em bom estado não custa menos de R$ 10 mil, e pode colocar mais R$ 10 mil na conta para cobrir os gastos com a dupla câmbio + diferencial (com miolo refeito), além de toda a mão de obra e o trabalho de encontrar uma oficina que faça um trabalho bem feito. Só nesta brincadeira a soma já ultrapassa, facilmente, os R$ 50 mil. Se você quer um Opala bacana e não acredita que o melhor de ter um carro preparado é fazer tudo sozinho, talvez este seja o carro perfeito para você.

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terça-feira, 9 de agosto de 2016

Clube do Opala ganha público e vira atração regional







Dois anos de atividade, 74 carros cadastrados por dezenas de sócios e muitos quilômetros rodados em encontros para criar amigos, ouvir música, ajudar campanhas assistenciais ou simplesmente aproveitar um dos modelos de maior sucesso do mercado automobilístico no país: bem-vindo ao clube do Opala de Marília.

Acompanhado por milhares de seguidores nas redes sociais, o clube conseguiu em pouco tempo marcar nome em eventos regionais e passou a ser atração extra em diferentes tipos de encontros.

Já esteve em exposição na Unimar, onde deve ganhar maior influência para novos eventos, em apresentações em cidades de diferentes pontos do centro-oeste paulista e acompanhou quatro eventos especiais do Chaplin Gastronomia e Entretenimento com apresentação da banda Get Back.

“Uniu a gastronomia, o som e os carros. Já tínhamos esse contato com o Fernando (Diniz, um dos proprietários do Chaplin) e conversamos em trazer os carros para o Chaplin para poder agregar a paixão com encontro de amigos, happy hour. Quando Guilherme Diniz (irmão de Fernando, outro dirigente da casa) veio, comprou um Opala, entrou pro clube e esta já é a quarta edição que estamos juntos”, conta Rodrigo Pacheco, um dos dirigentes do clube.

O clube promove duas reuniões por mês, geralmente uma sexta-feira à noite e uma tarde de sábado ou domingo. Já levaram os carros para incentivar campanhas para doação de alimentos e ações sociais. Mas o prazer é sempre rodar com o carro, especialmente em viagens.

“Já estivemos em encontros de carros antigos na região, em várias cidades. Gosto de viajar, estive em Barra Bonita, Araçatuba, Coroados. Quando tem pretendo ir, sempre vamos. Pegar carro e colocar na estrada”, conta Fabiano Pimentel, um apaixonado pelo modelo.

Ao longo de 23 anos e cinco meses de produção, o Opala passou por aprimoramentos mecânicos e modificações estéticas. O último foi produzido em 16 de abril de 1992, uma quinta-feira.

Ofereceu versões de motores com quatro ou seis cilindros, tanto para as versões básicas, quanto luxuosas ou esportivas e variações de modelo, como a Caravan, o Diplomata, o Comodoro, o SS e o De Luxe.

Alguns modelos ainda fazem muito sucesso, como o esportivo SS, o “saia e blusa” com variação de tons na pintura, o De Luxe dourado dos anos 70 ou o coupé com detalhe em vinil no teto.


Combinações de bancos inteiriços na frente, carros oficiais com “cortinas”, câmbio no volante, calotass coloridas e cores metálicas fortes foram outros símbolos do modelo, que nos anos 80 ganhou sobriedade e imponência com os diplomatas pretos.

Fabricado entre 1968 e 1992, o modelo foi carro de luxo, viatura policial, ambulância com a versão perua, carro de corridas com a stock car e sonho de consumo para diferentes gerações. A carroceria inspirada no alemão Opel Rekord, com estilo e potência do americano Impala, criaram o modelo.